LOUIS JACOLLIOT

 O ARGUTO PESQUISADOR DO ESPÍRITO

CONTEMPORÂNEO DE William Crookes

 (1837 - 1890)

Biografia de Louis Jacolliot:

Louis Jacolliot foi um escritor francês, advogado, juiz colonial, conferencista.

Ele viveu vários anos no Taiti e na Índia durante o período de 1865-1869.

Foi um autor prolífico, sendo que suas obras enfocam o Orientalismo da Índia e a sua religiosidade.

Em suas obras, este grande escritor orientalista já demonstrava a existência dos fenômenos espíritas.

Publicou ele "O Espiritismo no mundo", "As Ações dos Defuntos", "O Espiritismo na Índia" e outras obras históricas.

Uma pequena visão sobre Louis Jacolliot

Louis Jacolliot foi um pesquisador arguto, honesto e sincero.

Dão-nos provas assertivas os cuidados tomados por ele para que não se deixasse enganar ou embair pelas possíveis fraudulências dos faquires. Ademais nada de alucinação ou de influência magnética – ou como poderíamos dizer modernamente de processos antiparapsicologicos como as artimanhas do sovado inconsciente, os labores da mente, uma apropriada – ou talvez desapropriada – hiperestesia, porque sempre há prestíamos brejeiros!

Preferia atribuir a fenomenologia espiritica às leis naturais que o homem – na expressão dele – ainda não conhece. Não opinava acerca das causas naturais e dos meios: consignava apenas os fatos e continuava a considerar-se o racionalismo empedernido de sempre.

Não obstante aferrado as suas teses cientificas da veracidade e da naturalidade das coisas, de que não abria mão, e na impossibilidade de explicar os estranhos fenômenos a que assistimos a sós com o médium largado indolentemente, e quase nu a um canto ou preocupado com as suas conjurações beatórricas, antes queria crer neles do que negá-los.

Louis Jacolliot tinha a cultura humanista e alta compenetração literária e cientifica.

João Teixeira de Paula "O grande escritor espírita"

Introdução do tema:

A comunicabilidade com os espíritos, ainda é vista por boa parte da sociedade como algo sobrenatural ou diabólico ocasionando espanto, deixando-se perder os benefícios que estes fenômenos traz.

Iremos abordar de forma sintetizada que estes fenômenos cujos estudos resultaram da estruturação da Doutrina Espírita, não eclodiram apenas numa data determinada. As comunicações com os Espíritos têm ocorrido desde os tempos imemoriais, durante todo o curso da historia até o advento da Terceira Revelação no ocidente, com o codificador Allan Kardec.

As evocações dos Espíritos não se situaram apenas entre os povos do Ocidente, ocorrendo com larga freqüência no Oriente, como se observa nos relatos do Código dos Vedas e do Código de Manu.

Esclarece-nos Louis Jacolliot que, desde os tempos imemoriais, os padres iniciados nos mosteiros preparavam os faquires para evocação dos mortos, com a obtenção dos mais notáveis fenômenos. (Le Spiritisme dans le Monde).

O missionário Huc, refere-se o grande número de experiências de comunicações com os mortos registrados na China. Paulo, o apóstolo, em suas cartas, reconhecia a prática dessas manifestações entre os cristãos primitivos ao recomendar: “Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mais principalmente que profetizeis”; “Não apagueis o espírito não desprezeis profecias: julgai todas as coisas, retende o que é bom”. O apostolo João também se referia a manifestações espirituais, alertando-nos igualmente quanto à prudência dessas comunicações.

Na Idade Média, destaca-se a figura admirável de Joana D'arc, a grande médium, recusando sempre renegar as vozes espirituais. Numa época mais moderna é que podemos melhor situar a fase precursora do Espiritismo a Terceira Revelação, conhecida como o Consolador Prometido por Jesus à Humanidade. A diferença estes últimos episódios eram esporádicos, ou diríamos melhor, sem uma seqüência metódica, enquanto aqueles tem a característica de uma invasão organizada.

É nesta época mais moderna e precursora que vamos encontrar alguns notáveis antecessores, como o famoso vidente sueco, Emmanuel Swedenborg, engenheiro militar, insigne teólogo de valioso patrimônio cultural e dotado de largo potencial de forças psíquicas.

Desde a sua infância tiveram inicio as suas visões numa continuidade que se prolonga até sua morte, mas as suas forças latentes eclodiram com mais intensidade a partir de abril de 1744, em Londres. Desde então, afirma Swendenborg, “O Senhor abria os olhos de meu espírito para ver, perfeitamente desperto, o que se passava no outro mundo para conversar em plena consciência com os anjos e espíritos”.

Um outro notável precursor, digno de menção, foi Franz Anton Mesmer, médico, descobridor do magnetismo curador. Em 1775, Mesmer reconhece o poder da cura mediante a aplicação das mãos, ou seja, através da fluidoterapia. Acredita que por nossos corpos transitam fluidos curadores, preparando o caminho para o Hipnotismo do Marquês de Puységur.

Fatos precursores dignos de registro ocorreram com Andrew Jackson Davis, magnífico sensitivo que viveu entre 1826 a 1910, sendo considerado por Artur Conan Doyle como o profeta da Nova Revelação. Os poderes psíquicos de Davis começaram nos últimos anos da infância, ouvindo vozes de espíritos que lhe davam conselhos.

A clarividência seguiu-se a clariaudiência. “(...) Na tarde de 06 de março de 1884, Davis foi tomado por uma força que o fez voar, em Espírito, da pequena cidade onde residia, e fazer uma viagem até as montanhas de Castskill cerca de 40 milhas de casa, Swendenborg foi um dos mentores espirituais de Davis”.

O surgimento do Espiritismo foi predito por Davis no livro “Principio da Natureza”. Para nós, comenta Conan Doyle, “o que é importante é o papel representado do Davis no começo da revelação espírita. Ele começou a preparar o terreno, antes que se iniciasse a revelação. Estava fadado a associar-se, intimamente, com ela, de vez que conhecia a demonstração de Hydesville”

Emmanoel José - Lampadário Espírita

Fontes: The International Association for the Preservation of Spiritualist

Fontes: RetroNews (Presse de la BNF) (Journal Spiritisme) (Revue Spirite)

Quando tomou conhecimento das experiências de William Crookes, declarou Louis Jacolliot.

"Qual não foi o meu espanto ao ver o ilustre químico inglês, depois de experiências quase semelhantes às que presenciei na Índia, concluir, finalmente, pela existência dessa força nova do organismo, que eu antevira, timidamente, muitos anos antes."

"O homem civilizado chegou a um ponto em que não mais se contenta com a fé cega. Ele quer conhecer tudo, saber o como e o porquê de cada coisa; preferirá, pois, uma filosofia que explica a outra que não explica."

Allan Kardec Revista Espírita, junho de 1866 - Monomania incendiária precoce - Estudo moral

 

RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD

 

Biografia de Louis Jacolliot

 

Louis Jacolliot - O Espiritismo na Índia

 

Louis Jacolliot - Le Spiritisme dans le monde (1879) (Fr.)

 

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