Jean Meyer

O ARAUTO DO ESPIRITISMO

O GRANDE MECENAS DE CRISTO

O GRANDE ENTUSIASTA DA CAUSA ESPÍRITA

O DISCÍPULO FERVOROSO DE ALLAN KARDEC

(1855 - 1931)

 

Jean Meyer O continuador

DOS TRABALHOS DE ALLAN Kardec na frança

NA PUBLICAÇÃO da revista espírita

 

ALLAN KARDEC - REVISTA ESPÍRITA

JORNAL DE ESTUDOS PSICOLÓGICOS

Diretor Jean Meyer

(1920 - 1931)

 

ALLAN KARDEC - REVUE SPIRITE

JOURNAL D' ÉTUDES PSYCHOLOGIQUES

Directeur Jean Meyer

(1920 - 1931)

 

Jean Meyer patrocionou a fundação da maioria dos órgãos de divulgação do Espiritismo de sua época tais como: Maison des Spirites, Union Spirite Française, Institut Métapsychique International, Orphelinat Allan Kardec de Lyon, Fédération Spirite Internationale, Bibliothèque de Philosofie Spiritualiste Moderne et dês Sciences Psychiques (BPS) Editions Jean Myer.

Assume a Revue Spirite fundada por Allan Kardec das mãos de Paul Leymarie e com a morte de Gabriel Delanne a Revue Scientifique et Morale du Spiritisme ocorre a junção destes dois periódicos. Funda o Bulletin de l'Union Spirite Française juntamente com outro periódico Archives du Spiritisme Mondial e outros.
 

Biografia de Jean Meyer:

Jean Meyer (Riken, Suíça, 8 de julho de 1855 - Béziers, França, 13 de abril de 1931) foi um filósofo, escritor, pesquisador e filantropo suíço radicado na França, onde se destacou como um dos mais importantes divulgadores do Espiritismo no início do século XX. Dirigiu a Revista Espírita, patrocinou diversas obras literárias e eventos de propaganda da obra de Allan Kardec e do espiritualismo em geral. Fundou e financiou várias instituições doutrinárias, tais como a célebre Casa dos Espíritas (Maison des Spirites) e o Instituto de Metapsíquica Internacional, além de recriar a União Espírita Francesa. Promoveu e faz parte da mesa diretora de importantes congressos internacionais acerca da fenomenologia espiritual e dos conceitos doutrinários da doutrina kardecista. É lembrado pelo movimento espírita como “O Grande Mecenas do Espiritismo”.

***

Jean Meyer nasceu na pequena comunidade de Riken, que mais tarde se fundiu com o vilarejo vizinho Balzenwil, formando o que hoje é a cidade de Murgenthal, região central da Suíça, filho de Jean Jacques Meyer e de Elisabeth Leher. Desde o berço, foi favorecido pelos recursos financeiros de sua família e então pôde dedicar-se sem maiores preocupações aos estudos.

Segundo o seu registro de óbito, ele foi casado com a Sra. Adèle Blanche Rouville e se ocupava profissionalmente como comerciante de vinhos.

Espírito de Filósofo, mergulhou nas reflexões acerca da essência da vida e não tardou em reconhecer a gravidade das pesquisas sobre os fenômenos espirituais que movimentaram a passagem do século XIX para o século seguinte. Descobriu a obra literária de Allan Kardec e seu fiel discípulo, Léon Denis, e desde então formou uma convicção na Doutrina Espírita.

É possível que, antes de ter se tornado espírita, Meyer tenha se aventurado em experimentações ocultistas. Em determinada ocasião, Alexandre Delanne (pai de Gabriel Delanne) falava dos mais diversos movimentos e órgãos de divulgação espíritas e espiritualistas para além de Paris, citando então uma revista em Lyon, intitulada La Paix Universelle (A Paz Universal) que naquela época era dirigida por um tal B. Nicolaï — de quem Delanne disse se tratar de um pseudônimo de um conhecido espírita. Antes do mencionado título, a revista se chamava L’Union Occult Française (A União Oculta Francesa); o Sr. Nicolaï assumiu a sua redação em março de 1891 e ficou até julho de 1896 (já com o nome “La Paix Universelle”). Na designação daquela publicação dizia ser um “periódico independente sobre magnetismo transcendental, filosofia, psicologia, teosofia, ocultismo e magia”, portanto um jornal bastante eclético. Com base em algumas boas pistas, o pesquisador Carlos Seth Bastos levanta a suspeita de que esse Nicolaï seja exatamente Jean Meyer:

“Foi no Congresso de 1923 que se decidiu sobre a fundação da Federação Espírita Internacional. O nome de Jean Meyer aparece ao longo dos anais do Congresso (o de Nicolaï só aparece na fotografia dos delegados internacionais, onde Jean Meyer não aparece), sendo ele designado Vice-Presidente da Federação, conforme também a Revista Espírita de setembro do mesmo ano.”

Carlos Seth Bastos, em Imagens e registros históricos do Espiritismo - 9/2/2023 e 10/2/2023

Conforme a legenda das imagens originais na Revue Spirite: B. Nicolaï e Jean Meyer em dois momentos

Em se confirmando que as duas identidades se refiram ao mesmo indivíduo, ver-se-á neste caso um progresso pessoal: de um espiritualista genérico para um espírita convicto.

Mecenato e relançamento da Revista Espírita

Estabelecido em Paris, firmou laços de amizade com os mais notáveis espíritas da época, dentre os quais Gabriel Delanne e Léon Denis, de quem era grande admirador. Movia-lhe sobretudo o desejo de promover a divulgação da obra kardecista e fomentar grupos de pesquisas científicas sobre as manifestações mediúnicas. Herdeiro de vinhedos, terras e grandes indústrias, o grande mecenas espírita nada economizava para disseminar as luzes da doutrina que abraçara com amor.

Uma das providências mais urgentes de que tomou como encargo para si foi a aquisição dos direitos editoriais da Revista Espírita — fundada por Allan Kardec e por este dirigida até sua desencarnação — que estava sob o domínio de Paul Leymarie (filho de Pierre-Gaëtan Leymarie) mas muito aquém do prestígio de que desfrutava na época em que era redigida pelo Codificador Espírita; sua publicação, inclusive, havia sido interrompida desde o mês de agosto de 1915. Meyer finalmente comprou os direitos da revista em 1916 e devolveu a ela o brilho de principal órgão de imprensa espírita a partir de seu relançamento, em 1917, sob o título “La Revue Spirite” (A Revista Espírita).

Nesta nova fase, dirigida pelo mecenas espírita, o periódico ganhou um formato grande (25,5cm x 16,5cm), com 48 páginas, publicado mensalmente, com reportagens e artigos assinados pelas mais reconhecidas personalidades do Espiritismo e do espiritualismo da França e do estrangeiro: Gabriel Delanne, Léon Denis, Charles Richet, Camille Flammarion, Ernesto Bozzano, A. Bénezech, Marcel Laurent, M. Cassiopée, General Abaut, Dr. Gustave Geley, Marcel Semezies, Pascal y Matilde Forthuny, Louis Gastin, Henri Sausse, Paul Bodier, Sir. Arthur Conan Doyle, Rocco Santoliquido, León Chevreuil, Hubert Forestier e outros.

O escritório da revigorada revista foi instalado no número 8 da Rua Copérnico, em Paris, sede que ficou conhecida como a Casa dos Espíritas (La Maison des Spirites), doravante, o principal ponto de encontro dos principais confrades kardecistas e sede das Edições Jean Meyer — uma editora e gráfica exclusivamente dedicada à propaganda espírita e espiritualista.

Meyer dirigiu a revista até 1931, quando desencarnou.

Ver: Revista Espírita

Recriação da União Espírita Francesa

O abastado espírita suíço também patrocinou a recriação da União Espírita Francesa no ano de 1919, instalada no número 11 da Avenida dos Tilleuls, na Villa Montmorency, também em Paris. Originalmente, a UEF havia sido instituída em dezembro de 1882, num contexto polêmico: grande parte dos espíritas estava descontente com os rumos administrativos tanto da Revista Espírita quanto da Sociedade Anônima (a fundação destinada a receber e a dar continuidade à obra espírita de Allan Kardec) que estavam sob a gerência de Pierre-Gaëtan Leymarie; encabeçada por Berthe Fropo, Gabriel Delanne e Léon Denis, a UEF propôs unificar o movimento espírita e, para fazer frente aos ditos desvios doutrinários da revista administrada por Leymarie, fundou um novo jornal: O Espiritismo (Le Spiritisme). A UEF funcionou até 1891.

Com Meyer à frente, os mesmos Gabriel Delanne e Léon Denis celebraram a recriação da UEF, oficialmente formalizada em 25 de fevereiro de 1919. No primeiro quadro da sua diretoria, Delanne assumiu a presidência; os vice-presidentes eram Léon Chevreuil e o seu mecenas Jean Meyer; Denis foi agraciado seu presidente honorário.

A nova União também cuidou de editar publicar um periódico próprio: o Boletim da União Espírita Francesa, cujo primeiro fascículo veio a lume em 1921 e foi mensalmente publicado até 1935.

Em 1923 a União transferiu sua sede para a Maison des Spirites, compartilhando suas dependências com outras instituições igualmente apoiados por Jean Meyer, e das quais ele ocupava o cargo de vice-presidente: a Federação Espírita Internacional e a Federação Internacional dos Espiritualistas, cujo presidente era o notável médico e escritor britânico Sir Artur Conan Doyle.

Ver: União Espírita Francesa.

Jean Meyer em seu escritório na Maison des Spirites (1925)

Meyer e a sociedade metapsíquica

Apesar de todas as evidências patentearem os conceitos da Doutrina Espírita — notadamente o da imortalidade da alma e o da comunicabilidade dos Espíritos — havia no meio acadêmico e intelectual em geral uma desconfiança e até uma certa rejeição à fenomenologia mediúnica. Jean Meyer estava entre aqueles que se preocupou em contribuir para o esclarecimento da ciência através do patrocínio de círculos de experimentação científica a fim de atestar a veracidade da natureza espiritual. Por conta disso foi que ele reuniu grandes pensadores, renomados doutores, expoentes da classe acadêmica, numa entidade autônoma destinada à pesquisa rigorosa e isenta de preceitos e preconceitos que viessem a tender ou para uma apologia cega ou para uma negação sistemática.

A aurora desta entidade científica já havia despontado em 1916, quando dois eminentes homens da ciência conversavam sobre a necessidade de um instituto com as exatas prerrogativas que mais tarde motivariam o suíço mecenas, quais sejam: o dogmatismo e o ceticismo radical. Estes dois homens eram os doutores: Gustave Geley (1865-1924) e o Rocco Santoliquido. O primeiro, francês, era um respeitado médico psiquiatra; o outro, italiano, também médico, havia sido conselheiro de estado e diretor do serviço sanitário da Itália, então empossado em Paris da presidência da Comissão Sanitária Integrada, além de distinto professor da Sorbonne Universidade de Paris. No ano seguinte, o destino os levou a Meyer, e desse trio nasceu aquele tão almejado laboratório, inicialmente sediado na Avenida de Suffren, recebendo o nome de Instituto de Metapsíquica Internacional - IMI. Em 1919, o Instituto foi reconhecido por um decreto ministerial do governo francês como uma entidade de utilidade pública. Neste mesmo ano, sua sede foi transferida para a Avenida Niel, N° 85, ainda na cidade luz e capital francesa. Na primeira diretoria do IMI, coube ao Dr. Santoliquido ocupar a presidência, assessorado pelo Dr. Geley (vice-presidente) e Meyer (presidente honorário).

Sobre a metapsíquica, exprimiu Meyer num Congresso Internacional:

“A metapsíquica é a ciência do futuro. Muitos pesquisadores eminentes entenderam isso durante um longo tempo e nos deixaram um trabalho considerável, baseado em fatos devidamente comprovados. [...] A criação incessante dessas sociedades é a melhor prova do interesse despertado em nosso tempo pelas questões relativas à imortalidade da alma, à sobrevivência do ser pensante. Espiritismo e Metapsíquica devem, no interesse superior da causa, andar de mãos dadas. Se alguma divergência de pontos de vista ainda existir, ela desaparecerá gradualmente por meio de um exame cuidadoso dos fatos.”

Revista Espírita - julho de 1955

Ver: Instituto de Metapsíquica Internacional.

Ver: Maison des Spirites

Meyer, ativista espírita e espiritualista

Desde que se convenceu da validade dos postulados da Doutrina Espírita, Jean Meyer jamais titubeou em suas convicções. Porém, além de bancar eventos propriamente kardecistas, contribuía para promover atividades espiritualistas em geral, acreditando que no decorrer do tempo todos os ramos se iriam se convergir numa só crença. A grande questão que dividia os espíritas e os demais espiritualistas era a lei de reencarnação — um fundamento capital para os adeptos da Codificação do Espiritismo. Ainda assim, o mecenas kardecista atuou em prol da realização de importantes congressos em que ambos os lados se deram as mãos.

Foi assim que se deu o Congresso Espírita Internacional de Paris, de 6 a 13 de setembro de 1925, estando Meyer na qualidade de vice-presidente da Comissão Executiva. No Congresso Espiritualista de Londres, realizado em 1928, no qual tomou parte com Sir Arthur Conan Doyle, o nobre suíço pronunciou as seguintes palavras:

“É pela União da Ciência com o Espiritismo, com essa fé racional que ele nos dá, auxiliando-se um ao outro, que chegaremos a uma compenetração cada vez mais justa e sempre mais elevada, da obra de Deus.”

Revista Espírita - julho, 1955

Comitê executivo da Federação Espírita Internacional: Beverluis (1° conselheiro), Jean Meyer (vice-presidente), Sir Arthur Conan Doyle (presidente honorário), A. Bruns (2° conselheiro), Pauchard (tesoureiro), W. Oaten (presidente) e Ripert (secretário)

Igualmente, compôs a mesa diretora do Congresso Espírita Internacional de Haia, na Holanda, realizado entre os dias 4 e 10 de setembro de 1931, também na condição de vice-presidente.

No ínterim desses grandes eventos, Meyer financiou encontros regionais, com palestras doutrinárias e exposições diversas em favor dos fundamentos espíritas, além de interessantes publicações literárias, dentre as quais a reedição da Biografia de Allan Kardec, de Henri Sausse (4ª edição, 1927).

Despedida e legado

Jean Meyer não foi um homem que enterrou o talento, conforme o dizer judicioso dos Evangelhos (parábola dos talentos: Mateus, 25:14-30 e Lucas, 19:12-27); capacitou-se de uma fortuna material bem colocada em favor das causas nobres, não hesitando em aplicar essa herança transitória, que havia recebido dos céus, a serviço do Espiritismo e dos menos favorecidos. Não somente pelos bens terrenos, colocou também a sua inteligência, a sua fé inquebrantável e todas as forças de que dispunha para que essa mesma causa viesse a triunfar. Por uma década e meia de intensas atividades, foi o caixa-forte da propaganda espírita e o coração que associou as mentes mais brilhantes da Europa, em seu tempo, torno do ideal da busca pela verdade em torno das coisas espirituais.

Jean Meyer, vice-presidente do Congresso Espírita de 1925 - Fonte: Gallica

Para além dos limites ideológicos, sabe-se que Jean Meyer não descuidou de fazer filantropia social, amparando financeiramente várias instituições assistenciais, dentre elas um orfanato erguido em Lyon. Sua abnegação material e seu desinteresse em autopromoção marcaram sua biografia e deixaram um exemplo concreto de caridade e convicção espírita.

Seu falecimento, noticiado na Revista Metapsíquica, descreve suas condições nos instantes derradeiros de sua venturosa passagem terrena:

“O Fundador do nosso Instituto faleceu neste dia 13 de abril, em consequência de uma longa e dolorosa afecção, suportada com um impressionante estoicismo. Nossos pensamentos de simpatia para ele foram sem cessar durante os seus sofrimentos; esses pensamentos permanecem, repletos de reconhecimento, fixados em sua memória.”

Revue Métapsychique - ano 1932, N° 2, março-abril

Com a morte de Jean Meyer, seus grandes empreendimentos espíritas passam à direção de seu amigo Hubert Forestier, que procurou seguir os mesmos preceitos do mecenas. Não obstante, com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1939, as principais atividades espíritas foram interrompidas, especialmente depois da invasão nazista à Paris; a Casa dos Espíritas (Maison des Spirites) foi saqueada e as instituições desmanteladas, na França e demais nações europeias, ao passo que reflorescia no cone Sul das Américas, principalmente no Brasil.

Sepultura de Jean Meyer em Béziers, França - Fonte: Geneanet

Por tudo isto e muito mais de que ainda estamos por conhecer desta notável biografia, o nome Jean Meyer está cravado na História do Espiritismo e não será esquecido jamais.

Referências

Revue Métapsychique, ano 1931, n° 2, março-abril - Ebook.

Biografia de Jean Meyer pelo Centre Spirite Lyonnais Allan Kardec - Site do CSLAK (visitado em agosto, 2023).

Revue Spirite, julho de 1955 - Ebook.

Perfil de Jean Meyer no site Autores Espíritas Clássicos (visitado em agosto, 2023).

Página oficial do IMI - Instituto de Metapsíquica Internacional - site (visitado em agosto, 2023).

Personagens do Espiritismo, Antônio de Souza Lucena e Paulo Alves Godoy São Paulo: FEESP.

Página especial (em francês) dedicada a Jean Meyer no site Résonance Spirituelle (visitada em agosto, 2023).

Biografia de Allan Kardec, Henri Sausse - Ebook.

Verbete (em francês) Jean Meyer na Wikipédia.

B. Nicolaï, suposto pseudônimo de Jean Meyer, por Carlos Seth Bastos - Imagens e registros históricos do Espiritismo (visitado em agosto, 2023).

Certidão de óbito de Jean Meyer (3º registro da folha 98) - Portal dos Archives Pierresvives (visitado em agosto, 2023).

Discurso de Jean Meyer:

Visita da delegação do Congresso Espírita Internacional de Paris em 1925 ao dólmen de Allan Kardec (no Père-Lachaise)

Antes de se separar, o Congresso Espírita Internacional fez questão de expressar sua grata memória ao fundador de nossa doutrina espírita. Uma grande delegação, portanto, foi, no sábado, 12 de setembro, ao cemitério Père-Lachaise, para colocar uma magnífica coroa de folhas de carvalho.

Em nome da F. S. I, o Sr. Jean Meyer, vice-presidente, pronunciou as seguintes palavras:

Estamos aqui, meus Irmãos e minhas Irmãs, para prestar uma piedosa e solene homenagem de agradecimento a quem nos revelou a clareza desta doutrina que nos torna vislumbre o horizonte sublime de nosso destino imortal.

O reconhecimento que devemos a Allan Kardec, não podemos expressá-lo melhor do que seguindo o exemplo que ele nos deixou, ou seja, inspirando-se em suas visões amplas, tolerantes e caridosas para com todos, e também aplicando em nosso trabalho e aos nossos esforços a calma e a prudência que sempre demonstrou durante a sua vida ativa e fecunda. Assim, mostraremos ao mundo que o Espiritismo não é apenas uma doutrina baseada em fatos indiscutíveis em sua realidade, mas uma ciência afirmada pela razão iluminada e pelo bom senso.

Mestre Allan Kardec, neste último dia do Congresso Espírita Internacional de Paris, temos a alegria de expressar diante desta tumba, respeitada pelas milhares de almas que o Senhor iluminou com o sopro do espírito, a nossa alegria pelo sucesso obtido por manifestação grandiosa de espíritas de todos os países nesta semana que termina hoje.

Lá de cima você participou do nosso trabalho e do nosso triunfo. Este primeiro sucesso na França permite-nos olhar para o futuro com segurança. As grandes nuvens que, por muitos anos, tentaram envolver a Verdade Espírita em sombras estão se dissipando, um sopro mais poderoso que as oposições persegue as trevas diante de nós. Seguiremos em frente, confiantes, certos de ser guiados pelos nossos amigos invisíveis, para que, do nosso trabalho, saia um proveitoso benefício para a grande humanidade encarnada que convidamos ao estudo do verdadeiro conhecimento espiritual revelado pelo Espiritismo.

Jean Meyer
O Arauto do Espiritismo
França, 12 de setembro de 1925

Congrès Spirite International de Paris, Réuni à Paris du 6 au 13 Septembre 1925

Fontes: Canal Espírita (Espiritismo à Francesa: a derrocada do Movimento Espírita Francês pós-Kardec)

Sinopse: Uma produção que põe em pauta uma das questões mais curiosas (e um tanto controversa) acerca dos desdobramentos da continuação da obra de Allan Kardec, logo após sua desencarnação, cujo resultado foi, já no começo do século XX, o enfraquecimento e desaparecimento quase absoluto do Espiritismo, tanto na França, seu berço, quanto na Europa e outras regiões do mundo)

Fontes: Luz Espírita - Espiritismo em Movimento

Fontes: Encyclopédie Spirite

Fontes: Institut Métapsychique International

"É nessa obra moral que o Espiritismo parece destinado a desempenhar um papel importante; de poder restituir à humanidade o ideal que parece ter perdido, a fé em si mesma que já não tem, o sentimento de sua duração e sua continuidade com as obrigações impostas por sua imortalidade livre, mas responsável."

Jean Meyer "Congresso Espírita de Londres em 1928"

"É através da união da ciência e da fé, uma regenerada pela outra, que chega a uma compreensão cada vez mais justa e cada vez maior da obra de Deus."

Jean Meyer "Congresso Espírita de Londres em 1928"

"O Espiritismo, dizia Jean Meyer, deve ser científico, moral, social, evolutivo; deve se aliar cada vez mais à ciência, favorecer os estudos dos cientistas que nos trarão provas positivas dos problemas que nós queremos resolver. A lei espiritual, acrescenta ele, é hoje proclamada pelo grande caminho da ciência que leva à fé vacilante o conforto da razão e da experiência pela própria boca desses médicos, pelos quais Cristo uma vez os censurou por seus atos a cegueira sistemática."

Jean Meyer "Congresso Espírita de Londres em 1928"

"A doutrina da reencarnação, ou vidas sucessivas, traz uma solução que satisfaz o nosso espírito, no estado atual de nosso conhecimento. Faz entender a evolução, a hereditariedade, as variações espontâneas, as diferentes formas que a vida assume. A teoria materialista, elegante no século XIX, não é seriamente sustentável, e os livros de seu mais ardente defensor. Haeckel está estranhamente desatualizado depois de meio século."

Jean Meyer "Congresso Espírita de Londres em 1928"

 

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