JÚLIO ABREU FILHO
O BIÓGRAFO DE ALLAN KARDEC
OS GRANDES GIGANTES DO ESPIRITISMO
(1893 - 1971)
JÚLIO ABREU FILHO
BIOGRAFIA DE ALLAN KARDEC
(OBRA BIOGRÁFICA)
Biografia de Júlio Abreu Filho:
Nascido na cidade de Quixadá, Estado do Ceará, a 10 de dezembro de 1893, e desencarnado em S. Paulo, no dia 28 de setembro de 1971.
Fez os cursos preparatórios no Estado do Ceará, no Colégio S. José (Serra do Estêvão). Em 1911, ingressou na Escola Politécnica da Bahia, sediada em Salvador, não chegando a completar o curso. Em seguida transferiu- se para a cidade de Ilhéus, também no Estado da Bahia, onde passou a trabalhar na Delegacia de Terras, da Secretária da Agricultura. Foi funcionário da Prefeitura Municipal e da Estrada de Ferro Inglesa, participando ativamente da construção do trecho Ilhéus- Conquista, naquele mesmo Estado.
No ano de 1921, transferiu- se para o Rio de Janeiro, onde passou a trabalhar na companhia Light. Em 1929, ainda trabalhando nessa mesma empresa, foi transferido para São Paulo, participando da construção da usina hidroelétrica de Cubatão.
Nos idos de 1934-35 dedicou- se ao magistério secundário, lecionando em vários co1égios da Capital paulista. Em 1936, como funcionário da Secretária da Agricultura do Estado de S. Paulo, secção de engenharia rural, tomou parte saliente em vários e importantes projetos no interior do Estado.
No seio do Espiritismo exerceu numerosas atividades. Foi membro da diretoria da União Federativa Espírita Paulista. Participou ativamente da fundação da União das Sociedades Espíritas do Estado de S. Paulo, da qual foi conselheiro durante muitos anos. Teve marcante atuação no I Congresso Brasileiro de Unificação Espírita, realizado cm S. Paulo.
No ano de 1949, deu início a gigantesca tarefa de verter para o vernáculo a "Revue Spirite", revista espírita publicada por Allan Kardec durante doze anos consecutivos. Com esse propósito fundou a "Édipo - Edições Populares", lançando concomitantemente o jornal "Édipo" que teve vida efêmera. A divulgação da tradução da "Revue Spirite" foi mais tarde encetada pela "Edicel", de S. Paulo.
De sua bibliografia constam os livros "Erros Doutrinários", "Poeira da Estrada". Efetuou também a tradução para o português das obras "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e "Profecias de Daniel e o Apocalipse".
Júlio Abreu Filho colaborou assiduamente em muitos jornais e publicações espíritas. Era orador bastante requisitado, tendo ocupado a tribuna de numerosas instituições espíritas. Foi ainda representante no Brasil, de vários organismos espíritas do exterior.
Nos últimos anos de sua vida viveu paralítico, passando por sofrimentos que lhe causaram muitos dissabores.
Fontes: Paulo Alves de Godoy - Os Grandes Vultos do Espiritismo
Trechos da obra:
As mesas girantes
Estavam as coisas neste pé quando os fenômenos espiríticos, ditos das mesas girantes e falantes, iniciados “oficialmente” nos Estados Unidos, com as Irmãs Fox e pouco depois transplantados para a Europa, adquiriram foros de cidade. Manda a verdade, entretanto, se diga que antes mesmo de 1848 já na França, na Alemanha e na Inglaterra se haviam registrado os fenômenos de efeitos físicos e outros, inclusive os intelectuais — mesmo sem recorrer às vastas referências, posto que discretas, encontradas na obra escrita, que chegou até os nossos dias, dos melhores historiadores e poetas latinos, bem como da tradição druídica.
O sr. Allan Kardec tratou do assunto nas páginas luminosas da Revue Spirite, muito embora não o fizesse de forma exaustiva e visando estabelecer irretorquivelmente a primazia da Europa e, particularmente da França, no que se refere a acintosas manifestações de espíritos.
Como quer que seja, o relato do que se passava com as Irmãs Fox, as “chantagens” de que foram vítimas, a malevolência dos opositores à fenomenologia, ansiosos por manterem o prestígio, já um tanto abalado, de seu velho aliado Satã, tiveram o efeito de propaganda.
De modo que na alta sociedade francesa foi uma nota requintada dos salões elegantes convidar, para a companhia de poetas, deputados, senadores, ministros, escritores, artistas, príncipes de toda a parte, inclusive grãos-duques russos, alguns espíritos de escol, que vinham afirmar: “Não há morte”.
Quem eram esses espíritos?
Vultos marcantes de todos os tempos: filósofos e poetas, generais e imperadores da Grécia e de Roma; destacadas figuras do clero medieval; escritores, poetas e artistas do renascimento; antigos reis da França. Todos eles produziram admiráveis provas de sua identidade e muitos lançaram grandes clarões sobre a parte mais nebulosa de algumas de suas ações públicas. Os poetas se exprimiam em versos perfeitos, através de sensitivos que jamais haviam perpetrado uma simples quadrinha rimada.
A moda atingiu o palácio imperial. Napoleão III solicitou de elementos experimentados que fossem ao palácio evocar espíritos em sua presença. E manteve interessantes palestras, em presença das mais destacadas figuras do mundo político, militar e diplomático.
Entre esses salões brilhantes força é destacar o da Senhora de Girardin, encantadora figura de vanguarda nas letras e nas artes, e, indiscutivelmente, uma das maiores expressões do bandeirismo espiritista na França, quiçá do mundo.
Nascida no mesmo ano que o sr. Allan Kardec, Delphine Gay era física e espiritualmente bela. Muito cedo começou a sua produção poética, publicando seguidamente volumes entre os quais se destacam: Les Soeurs de Sainte Camille, Madeleine, Ourika, Le Bonheur d'être belle, La Vision de Jeanne d'Arc. Após uma viagem à Itália, durante a qual foi coroada no Capitólio, publicou Le Retour, Valer-me, Le Dernier Jour de Pompéi, Napoline e outras impressões da península.
Fontes: Júlio Abreu Filho - Biografia de Allan Kardec
Fontes:
Canal Espírita Jorge Hessen (A História do Espiritismo - Allan Kardec O Codificador da
Doutrina Espírita)
Fontes:
Fundação Maria Virgínia e Herculano Pires
Fontes:
KardecPedia (Enciclopédia
Allan Kardec)
"Há leis naturais e imutáveis, sem dúvida, que Deus não pode anular segundo os caprichos de cada um. Mas daí a acreditar que todas as circunstâncias da vida estejam submetidas à fatalidade, a distância é grande."
Allan Kardec "O Codificador da Doutrina Espírita"
"O melhor meio de provar a realidade do efeito [do Espiritismo] é fazer sua aplicação a si mesmo."
"Revista Espírita, novembro de 1861 - Discurso do Sr. Allan Kardec"
RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD
Júlio Abreu Filho - Biografia de Allan Kardec