O DR. JULIAN OCHOROWICZ

O GRANDE PSICÓLOGO POLONÊS

O PESQUISADOR DA IMORTALIDADE DA ALMA

(1850 - 1917)

 

Telepatia [do grego telê + pathós] - Transferência de idéias, imagens ou sensações de pessoa para pessoa, sem o emprego dos sentidos conhecidos. Allan Kardec usou a expressão telegrafia humana, significando a comunicação à distância entre duas pessoas vivas, que se evocam reciprocamente. Esta evocação provoca a emancipação da alma, que vem se manifestar e pode comunicar seu pensamento pela escrita ou por qualquer outro meio.

Biografia de Julian Ochorowicz:

Julian Ochorowicz nasceu a 23 de fevereiro de 1850 na cidade de Radzymin, Polônia e desencarnou em Varsóvia, Polônia, a 01 de maio de 1917. Era filho de Julian e Jadwiga Ochorowicz.

Estudou Ciências Naturais na Universidade de Varsóvia onde se graduou em 1871. Mais tarde estudou na Universidade de Leipzig, Alemanha, onde obteve seu Doutorado apresentando uma tese sobre Condições da Consciência, orientado pelo renomado Prof. Wilhelm Wundt, em 1874.

Ochorowicz foi um pioneiro em pesquisas empiricas sobre psicologia tendo efetuado trabalhos nas áreas de telepatia, hipnose e espiritismo. Seu trabalho mais conhecido no assunto foi “Introdução e Visão Geral Sobre Filosofia Positivista, 1872” e “Como se deve estudar a Alma?, 1869”

FILÓSOFO POSITIVISTA

Como poeta, publicou vários poemas na revista Weekly Review sob o pseudônimo “Julian Mohort”. Escreveu o poema “Avante” em 1873, que foi considerado como o manifesto básico dos Positivistas poloneses.

Ochorowicz, filósofo, com doutorado pela Universidade de Leipzig, tornou-se o líder do movimento positivista na Polônia.

Em 1872 escreveu a seguinte definição:“Chamamos positivista a qualquer pessoa que baseia suas afirmações em evidências observáveis; àquele que não faz afirmações sobre fatos duvidosos e não fala absolutamente sobre coisas que sejam inacessíveis”.

Retornando a Varsóvia em 1874-75 tornou-se o Editor-Chefe da revista “O Campo”.

EXPERIÊNCIA TECNOLÓGICA

Ochorowicz, além de psicólogo, positivista, pedagogo, poeta, filósofo, também era um pesquisador na área tecnológica. Em 1877 elaborou uma teoria para a televisão monocromática a ser construída como uma tela ligada a válvulas que converteriam imagens transmitidas em grupos de pontos de luz.

Em 1885, em diversas ocasiões, fez demonstrações com um protótipo de telefone por ele desenvolvido. Em Paris, chegou a conectar o prédio do Ministério dos Correios e Telégrafos com a Ópera de Paris, a 4 km de distância. Na Feira Mundial de Antuérpia ele se conectou com Bruxelas, 45 km distante. Também conseguiu ligar a cidade de S. Petersburgo, Rússia a Bologove, a 320 km de distância. Também fez experimentos com microfones e aparelhos para enviar sons e imagens, sendo, por isso mesmo considerado um precursor do rádio e da televisão.

PESQUISAS SOBRE MEDIUNIDADE

Em 1881 foi convidado para exercer o cargo de Professor-Assistente de Psicologia e Filosofia na Universidade de Lwów, Polônia.

Em 1882 foi para Paris onde passou vários anos, pesquisando o fenômeno da “sugestão mental” ou “telepatia” e hipnotismo, bem como fenômenos mediúnicos que já havia iniciado desde 1881. Estes experimentos sobre a mediunidade de efeitos físicos foram levados a efeito com a médium Eusapia Palladino e, mais tarde com a médium polonesa Stanisława Tomczyk.

Escreveu mais de 100 trabalhos, incluindo livros, artigos e comunicados científicos nas áreas de psicologia, filosofia e mediunidade de efeitos físicos. Seus trabalhos mais conhecidos além dos já citados são: “Fenômeno Mediúnico” em 1913, “Psicologia e Medicina” em 1916 e “Psicologia, Pedagogia e Ética” em 1917. Para os Anais das Ciência Psíquicas publicou os artigos: “A questão da fraude nos experimentos Mediúnicos”, 1896 e “Um novo Fenômeno Mediúnico” em 1909.

Em 1900, foi convidado para ser o Presidente do Kasa Literacka em Varsóvia onde publicou trabalhos sobre pedagogia na Encyklopedia Wychowawcza ( A Enciclopédia de Educação).

Mais tarde, a partir de 1907 foi convidado para o cargo de Co-Diretor do Instituto Geral de Psicologia.

Boleslaw Prus

Julian Ochorowiczera colega e companheiro do também professor e escritor Boleslaw Prus na Universidade de Varsóvia que o retratou como personagem da novela “The Doll” onde ele seria o cientista “Julian Ochocki”.

Ochorowicz, depois de retornar de Paris para Varsóvia, em 1893 deu uma série de palestras sobre a Sabedoria do Antigo Egito. Isto, certamente inspirou Prus a escrever sua novela histórica “Faraó”. Ochorowicz forneceu a Prus uma série de livros sobre Egiptologia que havia trazido de Paris.

Ainda em 1893, Ochorowicz apresentou Prus à médium italiana Eusápia Palladino a quem havia trazido de Varsóvia para uma série de apresentações em S. Petersburgo, Rússia. Prus compareceu a várias reuniões com Eusápia e, certamente, se inspirou nos eventos para incorporar muitas cenas de fundo espiritualista em sua novela “Faraó” apresentada em 1895.

PESQUISAS FINAIS

Ochorowicz, mais tarde, estudou a médium Stanisława Tomczyk, em 1908-09 em seu laboratório em Wisla, Polônia. Na segunda metade do século dezenove era usual o estudo dos fenômenos mediúnicos por psicólogos de escol como o americano William James, mundialmente famoso, e que aceitava perfeitamente a explicação espírita para os fenômenos.

Ochorowicz declarou na "Gazeta Semanal Ilustrada", órgão de grande circulação na Itália, o seguinte: "Quando me recordo de que, numa certa época, eu me admirava da coragem de William Crookes em sustentar a realidade dos fenômenos espíritas; quando reflito sobretudo que li as suas obras com o sorriso estúpido que iluminava a fisionomia dos seus colegas, ao simples enunciado destas coisas, eu coro de vergonha por mim próprio e pelos outros."

Julian Ochorowicz, Filósofo, Psicólogo, Pesquisador, B. S., Ph.D. Membro Honorário das sociedades de Pesquisas Psíquicas de Londres, da Alemanha, da Hungria, da América, é mais um exemplo de que Ciência e Espiritualidade podem caminhar.

Este resumo é baseado em Helene Pleasants (1964) Biographical Dictionary of Parapsychology with Directory and Glossary 1946-1996 NY: Garrett Publications

ALGUNS TRABALHOS PUBLICADOS

Jaknal eżybadaćduszę? Czyli o metodzie badań psychologicznych (How Should One Study the Soul? On the Method of Psychological Studies), 1869.

Miłość, zbrodnia, wiara i moralność. Kilkastudiów z psychologii kryminalnej (Love, Crime, Faith and Morality: Several Studies in the Psychology of Crime), 1870.

Wstępipo glądogólnyna filozofię pozytywną (An Introduction to and Overview of Positive Philosophy), 1872.

Zdziennika psychologa (From a Psychologist's Journal), 1876.

O twórczości poetyckiejz estanowiska psychologii (On Poetic Creativity from theStandpoint of Psychology), 1877.

De la Suggestion mentale, deuxie meédition (second edition), Paris, Doin, 1889.

Psychologia, pedagogika, etyka. Przyczynki do usiło wańnasze good rodzenianarodow ego (Psychology, Pedagogy, Ethics: Contributions toward Our National Rebirth), 1917.

Fontes: Correio Espírita

A médium polonêsa Stanislawa Tomczyk demonstra psicocinésia psicocinesia (ação direta da mente sobre os objetos físicos) na presença do pesquisador o Dr. Julien Ochorowicz

 Monumento Dedicado ao Dr. Julian Ochorowicz

Fontes: Survival After Death

Fontes: Projeto Allan Kardec (Coleção de Manuscritos de Allan Kardec) 

"Ochorowicz declarou na "Gazeta Semanal Ilustrada", órgão de grande circulação na Itália, o seguinte: "Quando me recordo de que, numa certa época, eu me admirava da coragem de William Crookes em sustentar a realidade dos fenômenos espíritas; quando reflito sobretudo que li as suas obras com o sorriso estúpido que iluminava a fisionomia dos seus colegas, ao simples enunciado destas coisas, eu coro de vergonha por mim próprio e pelos outros."

Julian Ochorowicz "O Pesquisador Espírita"

285. TELEGRAFIA HUMANA

65. Duas pessoas, evocando-se reciprocamente, poderiam transmitir-se os seus pensamentos e corresponder-se?

— Sim, e essa telegrafia humana será um dia um meio universal de correspondência.

66. Por que não seria praticada desde agora?

— Já é por algumas pessoas, mas não por todos. É necessário que os homens se depurem para que o seu Espírito se liberte da matéria, e eis ainda uma razão para que se faça a evocação em nome de Deus. Até lá, ela estará circunscrita às almas de eleição e desmaterializadas, que raramente se encontram no estado atual dos habitantes da Terra. (*)

(*) Telegrafia humana foi a expressão utilizada por Allan Kardec (1804-1869) para designar o fenômeno da “telepatia”. As modernas experiências parapsicológicas de telepatia à distância confirmam essa previsão. A tese de Rhine (Duke University) de que o pensamento não é físico, apóia a teoria espírita. E esta teoria, como se vê, considerando a telepatia como forma de comunicação mediúnica, só plenamente acessível aos Espíritos purificados, explica a razão das dificuldades atuais para obter-se segurança e regularidade nas comunicações telepáticas. (N. do T.)

(Obra de Allan Kardec - "O Livro dos Médiuns" - Segunda Parte - Das Evocações - Cap. XXV)

 

RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD

 

  Artigos Espíritas - A Sugestão mental (Julian Ochorowicz - A Sugestão Mental)

 

  Biografia de Julian Ochorowicz

 

Julian Ochorowicz  - A Sugestão Mental

 

Baixar todas as obras no arquivo zipado