JORGE HESSEN
BILHETES CONVENIENTES
(QUESTÕES DOUTRINÁRIAS - À LUZ DO ESPIRITISMO)
Prefácio:
A vaidade e a ambição levam muita gente a dar passos mais largos do que as pernas permitem. É o que hoje se vê, de maneira assustadora, no meio espírita. Multiplicam-se os casos de fascinação. Pessoas que podiam ser valiosas se transformam em focos de confusão e perturbação, com a sustentação de teorias absurdas que levam a doutrina ao ridículo.
Por essa razão, evoco alguns arrazoados derivados da carruagem cultural daquele considerado “o metro que melhor mediu Kardec no Brasil”, Herculano Pires.
Dentre outros magistrais pronunciamentos contidos em "A Pedra e o Joio" (1) Herculano afirma que obra de Kardec não é pessoal, não é só dele. Era preciso alguém responder pela obra. O Professor Denizard Rivail, como se sabe, resolveu assumir essa responsabilidade e assinou-a com um pseudônimo: Allan Kardec, nome que havia possuído em encarnação anterior, quando sacerdote druida, entre os celtas.
A obra é dos Espíritos Superiores da luminosa falange do Consolador ou Espírito da Verdade, que Jesus prometeu enviar à Terra quando os homens estivessem aptos para compreender a sua doutrina em essência.
A doutrina, portanto, não é de Kardec, mas dos Espíritos Superiores que a revelaram a Kardec. Não obstante, Kardec fez a sua parte, quer através das perguntas que fazia aos Espíritos, quer através dos comentários explicativos que escreveu em todos esses livros.
Esses comentários foram sempre submetidos por Kardec ao exame dos Espíritos, que os aprovavam ou emendavam. Kardec submetia tudo ao exame da razão, realizando um trabalho de cerca de quinze anos, sempre assistido pelos Espíritos Superiores dirigidos pelo Espírito da Verdade.
Desde 1857, quando foi publicado O Livro dos Espíritos, até hoje, nenhum dos princípios do Espiritismo foi desmentido pela Ciência ou pela Filosofia. Pelo contrário, todos eles têm sido sistematicamente confirmados por ambas.
Quanto à Religião, nunca teve condições para contradizer o Espiritismo de maneira positiva, tentando sempre fazê-lo de maneira autoritária ou dogmática, sempre no interesse particular dos princípios de cada seita.
A Bíblia, livro religioso dos judeus, anunciou a vinda de Jesus. Os Evangelhos, que formam o livro religioso do Cristianismo, anunciaram a vinda do Espírito da Verdade.
Os Espíritos Superiores que hoje se manifestam são unânimes em afirmar que Kardec foi o discípulo de Jesus enviado à Terra para realizar a codificação do Espiritismo, doutrina que representa a continuação histórica do Cristianismo e restabelece os ensinos do Cristo em espírito e verdade.
Quanto mais avança o conhecimento, mais se vão descobrindo as relações da obra de Kardec com as alegorias e simbologias religiosas da chamada Sabedoria Antiga, das mais velhas religiões da Índia, da China, do Egito, da Babilônia e assim por diante. Com tudo isso, o Espiritismo se confirma dia a dia como a doutrina do futuro.
Diante desse panorama positivo, qualquer obra que pretenda superar Kardec ou subestimar a Doutrina Espírita precisa ser submetida à prova do toque.
E essa prova só pode ser feita de duas maneiras: de um lado, conferindo-se a pretensa superação com a obra de Kardec para verificar-se qual das duas está mais coerente e apresenta maior coesão, maior unidade e firmeza nos seus princípios; de outro lado, conferindo-se, como recomenda o próprio Kardec, os princípios da pretensa superação com as exigências do pensamento atual em todos os campos de nossa atividade mental.
São Paulo, 04 de julho de 2012
Irmãos W. e Jorge Hessen
Fontes:
Jorge Hessen - Programa Espiritismo em Foco
(Misticismos que despencam a credibilidade do projeto espírita no Brasil)
Fontes:
Jorge Hessen - Programa Espiritismo em Foco (O
jovem e a atividade mediúnica na casa espírita)
"O Espiritismo só reconhece como adeptos aqueles que põem em prática os seus ensinamentos, isto é, que trabalham a sua própria melhora moral, porque é esse o sinal característico do verdadeiro espírita."
Allan Kardec - Revista Espírita, janeiro de 1869 - Processo das envenenadoras de Marselha
"Desde 1857, quando foi publicado O Livro dos Espíritos, até hoje, nenhum dos princípios do Espiritismo foi desmentido pela Ciência ou pela Filosofia. Pelo contrário, todos eles têm sido sistematicamente confirmados por ambas. Quanto à Religião, nunca teve condições para contradizer o Espiritismo de maneira positiva, tentando sempre fazê-lo de maneira autoritária ou dogmática, sempre no interesse particular dos princípios de cada seita."
Herculano Pires "Os Gigantes do Espiritismo"
RELAÇÕES DE OBRAS PARA DOWNLOAD
Allan Kardec - O Evangelho Segundo O Espiritismo
(Capítulo 1 - Não Vim destruir a lei)
Jorge Hessen - Bilhetes Convenientes