Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE)
(PÓS-ALLAN KARDEC)
(1870 - 1890)
SOCIÉTÉ PARISIENNE DES ÉTUDES SPIRITES (SPEE)
FONDÉE PAR ALLAN KARDEC
(1858 - 1890)
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FLORENTINO BARRERA
A Sociedade de Paris
Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas
(1858 - 1890)
Original em espanhol, de 2002:
Florentino - Barrera La Sociedad de París
Société Parisienne des Études Spirites
(1858 - 1890)
Digitalizado y Maquetado por cursoespirita.com de los disquetes que nos remitió
el propio autor, en 2007, con la voluntad expresa de su divulgación
OBRA RARA TRADUZIDA
Tradução: Teresa da Espanha
Contribuição: Carlos Seth Bastos (Acréscimos de rodapés e não conferência de fontes diretas)
Revisão e Formatação: Ery Lopes e Irmãos W.
Agradecimentos: Salvador Martin (Curso Espírita)
Versão digitalizada:
© 2020
Distribuição gratuita:
Autores Espíritas Clássicos
Portal Luz Espírita
CSI do Espiritismo
Curso Espírita
Prólogo:
Existem tantas associações quantos são os objetos da vida porque fazem parte do direito do homem de alcançar os seus fins, desenvolveram-se desde a antiguidade, estando a sua legislação incluída no direito romano, mas sua atuação irá declinar durante a Idade Média, experimentando também uma forte depressão entre o final do século XVIII até depois da primeira metade do século XIX, quando um forte personalismo os domina por medo de que poderiam dirigir-se contra o Estado.
Considerações que de alguma forma decidem a situação a que estava submetida a Société Parisienne des Études Spirites, a Sociedade de Paris como seu presidente costumava chamá-la, que pela sua forma de participação no atendimento a determinadas pessoas e seus convidados, embora instituída para fins de estudo é classificada como entidade privada, o que diríamos hoje uma associação civil sem fins lucrativos.
Apesar de a França ser o berço do direito de associação e ele ter sido restaurado pela Constituição de 1848, no uso do poder de polícia deve suportar uma série de requerimentos, pois por mais excelentes que sejam os regulamentos, sempre deixam espaço para discussão, convertendo a autoridade em único árbitro, daí os formalismos e requisitos para tais reconhecimentos, ainda mais rigorosos com aquelas sociedades de natureza religiosa, principalmente quando elas não têm o caráter de católicas, algo injustificável perante a filosofia legada pela Revolução Francesa.
Para Casimiro Fournier, a luta pelo exercício da liberdade foi árdua no Segundo Império por autorizar os delegados de polícia a adiar qualquer reunião suspeita para a segurança pública, mais especificamente nos termos da lei de 19 de fevereiro de 1858 e 6 de junho de 1868.
O Segundo Império (1852-1870) passa-se em uma época tão alegre quanto tempestuosa, lapso que adquire particular importância por acontecer o advento do Espiritismo (1857-1869). É enquadrado por quatro guerras, a primeira a mais de três mil quilômetros de Paris, originada na disputa entre padres ortodoxos e católicos pela regência das Igrejas da Natividade, Belém e Santo Sepulcro em Jerusalém, acontecimentos que, ao transcender para o mundo de espíritos, em ocasiões é registrado na Revue Spirite. (1)
(1) Notícias da Guerra, R.E. Jul., Ago., Set. 1859.
O império colonial de Napoleão III rivalizava com o da Rainha Vitória. Paris, reconstruída após a devastação de extensas áreas cobertas por bairros medievais, deverá se transformar, graças à inspiração do urbanista Barão Georges Eugène Haussmann, em residências suntuosas, largas avenidas e parques que parecem surgir da paleta de seus grandes artistas. Iluminada a gás, dona de uma extensa rede ferroviária, ela vai se tornar o centro intelectual, artístico, comercial e financeiro da Europa.
Transformações atribuídas a um Renascimento moderno comprometido com a filosofia, a educação, as ciências, as letras e as artes, cultura que ao amparo do francês, que era a língua por excelência das pessoas ilustradas, será distribuída em forma de livro até os pontos mais distantes. Uma manifestação que, como a de outrora, propõe uma reforma, presidida esta vez pelo Espírito da Verdade.
Quantas vezes nos perguntamos se passou por Jesus a ideia de fundar uma religião, porque mesmo não comprazendo com a orientação ele tinha uma, as visitas ao templo e às sinagogas em sua condição de nazareno atestam isso. Passa sua vida pública pregando em lugares abertos como os antigos filósofos ou profetas e para além do mistério que implica seu nascimento, curas surpreendentes e morte ignominiosa, o seu Sermão da Montanha teria sido suficiente para dar nome a uma época. Retirada a cortina do tempo, o Espírito da Verdade vem corroborar a doutrina de Cristo, não assim a do movimento cristão que oculta do seu modelo de sabedoria a reencarnação, a mediunidade, a comunicação com os espíritos, a prática da caridade e o real sentimento religioso, valores que, como o talento da parábola, acabam sendo enterrados.
Outros fatores notáveis que marcam o curso dos acontecimentos também merecem destaque: na esfera política sobressai a independência das repúblicas americanas, a força do colonialismo, a guerra pela abolição da escravidão no Ocidente, sem deixar de destacar o indomável espírito republicano francês e a mulher, que silenciosamente começou a gestar sua emancipação. Em meados do século XIX, a educação daria uma guinada radical, com o pároco abandonando a dupla função de sacerdote e professor, e a indústria apoiando os planos dos pedagogos europeus que recomendavam separar a escola das instituições de caridade para serem assumidas pelo Estado, iniciando o ensino público.
Na esfera social e econômica, em pleno auge da revolução industrial, nota-se como o capitalismo, ao amparo de ideias enganosamente chamadas de liberais, semeia abusos e marginalização, levando o proletariado a uma sangrenta luta de classes. No religioso, respondendo às dúvidas levantadas pelo pensamento moderno, semelhante a um retorno colossal, Pio IX publica a encíclica Quanta cura e o Sillabus em que condena a concepção contemporânea e impõe a figura da infalibilidade papal. Nesse clima cabe-lhe avançar para terceira revelação.
O temperamento humano leva implícito em si um anseio de progresso, que está claramente indicado na trajetória de nossa letra A; em seus inícios quando Aleph era representado pintando a cabeça de um touro, quando se alcançou o papiro e as tábuas de cera para infundir-lhe velocidade transformada em signo, mostra-se virado para um lado e depois para o outro, quem repara hoje em que os chifres estão expressos para baixo. Entre aqueles livros antigos assegurados por correntes sólidas e o virtual só há um abraço.
As edições revisadas são justificadas pelas correções, observações nascidas de uma reflexão melhor meditada e a incorporação de notícias; dizia Ernesto Sabato, um antigo nominado ao Prêmio Nobel de Literatura, que mais do que escritor sentia-se bombeiro, devido à quantidade de originais que tinha queimado. Uma edição corrigida, embora o autor tenha feito o seu melhor, não deixa de transmitir um certo cheiro de fumaça.
Florentino Barrera - A Sociedade de Paris
RÈGLEMENT
DE LA
SOCIÉTÉ PARISIENNE DES ÉTUDES SPIRITES
FONDÉE PAR ALLAN KARDEC
RUE MOLIÈRI, 27, PARIS
NOMS DES MEMBRES
COMPOSANT LE BUREAU ET LA COMITÉ
POUR L' ANNÉE 1870
PRÉSIDENT HONORAIRE, M.C. FLAMMARION
BURREAU
PRÉSIDENT, M. E. BONNEMÈRE — VICE-PRÉSIDENT, MM. EMILE MALET ET CAUSSIN —SECRÉTAIRE PRINCIPAL, M. L MORIN — SECRÉTAIRE ADJOINT, M. A. RAVAN — TRÉSORIER, M. J. HENRY
COMITÉ
MISS A. BLACKWEL — M. E. BARRAULT — M. CANAGUIER — M. A. BERTRAND — M. COLLARD
PARIS / 1870
LA PENSÉE LIBRE
ORGANE DE RECHERCHES PSYCHIQUES
BULLETIM DE LA SOCIÉTÉ PARISIENNE DES ÉTUDES SPIRITES
FONDÉE PAR ALLAN KARDEC, 1858
GÉRANT: ÉMILE DI RIENZI
COMITÉ DE RÉDACTION
E. BIRMANN. EMILE BLIN, A. HUE, JUST. L' HERNAULT, A. PONSOT, ÉMILE DI RIENZI
183, RUE SAINT-DENIS, 183
PARIS - FRANCE
(1885 - 1886)
La Pensée nouvelle
organe de recherches psychiques et de philosophie expérimentale
SOCIÉTÉ PARISIENNE DES ÉTUDES SPIRITES
FONDÉE PAR ALLAN KARDEC, 1858
PRÉSIDENT: ÉMILE DI RIENZI
A la Séance de rentrée de l'année sociale
183, RUE SAINT-DENIS, 183
PARIS - FRANCE
(1887 - 1888)
Dados Históricos:
Sociedade Parisiense de
Estudos Espíritas (SPEE)
(PÓS-ALLAN KARDEC)
(1858 - 1890)
DADOS PESQUISADOS DO SITE AUTORES ESPÍRITAS CLÁSSICOS e do csi do espiritismo
SOCIEDADE ESPÍRITA DE PARIS
PARA O EDITOR
POR EUGÈNE BONNEMÈRE (*)
Excelentíssimo Senhor - Ao lhe agradecer a simpática comunicação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que, desde o último ano eleição de seus Diretores e Conselho, tenho a honra de representar, imploro para informar que esta sociedade não é em nenhum sentido uma “nova”, mas é, pelo contrário, a mesma sociedade que foi fundada, em 1858, por Allan Kardec, e que, longe de ter caído em “ruínas”, não só manteve constantemente sua organização primitiva, como realizou suas reuniões habituais, mas aceitou a responsabilidade adicional que recaiu sobre ela por meio da perda do seu venerável fundador, como motivo de maior diligência na grande obra que “espíritas” e “espiritualistas”. tenham igualmente no coração.
Compelido a tomar outras instalações pelo término do contrato de locação daqueles anteriormente ocupados por nossa sociedade na Rue Sainte-Anne nº 58 estamos prestes a estabelecer sua nova sede na Rue Moliere nº 27 (perto do Palais Royal), onde esperamos que os nossos amigos ingleses que porventura venham a visitar esta capital não se esqueçam de inscrever o seu nome e o endereço, para que aqueles que, dos dois lados do Canal da Mancha, se empenham por um fim comum, tenham a oportunidade de se conhecerem um ao outro.
Seu fiel servo,
(*) Eugène Bonnemère,
Presidente em Exercício da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
Rua de Boulogne 31, Paris, 08 de março de 1870
Fonte: Human Nature - A Monthly Journal - (1870) (Eugène Bonnemère)
Dados Históricos:
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(1858 - 1890)
CIRCULAR
SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS
Fundada em 01 de abril de 1868
Por
Allan Kardec
Autorizada em 13 de abril de 1858
Rue Molieri, 27
Paris/França
Queridos espíritas
Com o motivo das graves circunstâncias em que nos encontramos e da declaração de guerra, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, na sessão geral de 20 de julho de 1870, decidiu espontaneamente fazer um apelo a todos os espíritas.
A praga está desencadeada! Isso cria deveres sagrados para nós, especialmente em ajudar moral e materialmente aos infelizes feridos no campo de batalha; como faríamos se a peste, a cólera e a fome se propagassem entre nós.
O Espiritismo nos ensina a considerar como irmãos os feridos de todos os países; a nós incumbe, então, dar validez, pela nossa abnegação, às duas bases fundamentais da nossa crença: FRATERNIDADE, SOLIDARIEDADE. No terreno do sofrimento, os sentimentos de nacionalidade desaparecem para dar lugar à grande lei de humanidade. (1)
(1) Uma comunicação notável
nesse sentido, assinada por Allan Kardec, ditada espontaneamente na sessão da
Sociedade, após a sua decisão, será inserida num dos primeiros números da
Revista que vai ser publicada.
Por isso, pedimos que na medida em que seus meios o permitirem, busquem consolar
e aliviar os infelizes que, talvez dentro de poucos dias, lotarão as ambulâncias
e os hospitais.
A fim de centralizar o objeto de nossos esforços, a Sociedade receberá as doações que lhe forem enviadas (2), por pequenas que sejam, e as encaminhará à Sociedade Internacional de Auxílio aos Feridos do Exército de Mar e Terra (seção francesa) com a qual estamos em relação.
(2) As remessas em dinheiro ou em espécie devem ser dirigidas a Mr. L. Morin (Louis Joseph Félix Morin), secretário da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, rua Molieri, 27 - Paris. Os objetos em espécie, consistem em: Pano novo ou velho. Tecido ou algodão, fiapos, ataduras (de 4 a 10 centímetros de largura), materiais para compressas, braçaletes de flanela ou algodão, vinhos, conhaque, café, chás, produtos farmacêuticos etc etc.
Na falta da Revue Spirite que era o órgão de nossa Sociedade e da qual estamos privados desde o mês de julho seguinte ao falecimento de nosso inesquecível mestre Allan Kardec, e sem poder fazer uso da nossa nova Revue, que não poderá ser publicada até novembro próximo, pensamos que uma simples circular seria suficiente e que o coração de vocês e o profundo conhecimento de nossas doutrinas lhes sugeririam tudo o que não podemos desenvolver aqui.
Fazemos um apelo geral à caridade de todos os Espíritas e, confiamos em especial a causa dos infelizes ao zelo dos presidentes dos grupos.
Fazemos idêntico apelo à abnegação daqueles dentre nós, de um e de outro sexo, que possam dispor do seu tempo e de si mesmos, para irem levar o auxílio aos feridos; a melhor forma de provar nossas crenças é ir sobre o campo da caridade, da solidariedade e da fraternidade, para ali curar e encorajar aquelas pobres vítimas humanas, abatidas e vitimadas no campo de batalha.
Assim provaremos a força de nossas ideias, pela associação da ação individual dos espíritas.
Recebam os nossos mais fraternos sentimentos.
Eugène Bonnèmere. presidente. - Camille Flammarion, presidente honorário. - Pela comissão, L. Morin, secretário principal.
NOTA. Pedimos aos jornais afins às nossas ideias, a reprodução do nosso apelo.
Suplicamos seja feita circular.
Fonte: Revista Espiritista - Estudios Psicológicos - Agosto/1870
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(1858 - 1890)
Discurso de Charles Boiste (*)
PRESIDENTE DA Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
Vamos agora dar um trecho do discurso proferido em 1874 pelo Sr. Charles Boiste, presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
“Como em 1873, estamos aqui, diz ele, para responder a um desejo comum, o de nos reunirmos todos os anos em torno deste monumento para homenagear o Mestre Allan Kardec.
Se nos for dito: Você parodiou aqueles que adoram a matéria, você se curvou ao preconceito vindo periodicamente ao redor de uma tumba, nós responderemos.
“Estamos aqui para conversar com os amigos invisíveis reunidos ao nosso redor, para agradecer ao eminente Espírito do filósofo Allan Kardec, o fundador da doutrina espiritualista, para expressar nossa profunda gratidão a ele; e quanto ao seu corpo, confiado à terra, foi dissolvido sob a lei; suas partes, disseminadas no espaço, servem para outras manifestações vitais, e não temos que nos preocupar aqui com os órgãos materiais; mas na nossa memória fica a marca dos traços de um bom homem, uma marca que o eminente artista Capellaro fez com força, e esta obra colocada sob três pedras elevadas atrai-nos, porque representa aos nossos olhos figura venerada, emblema humano eleito pelo Espírito Superior de um renovador, hoje conhecido por todos os homens inteligentes que cobrem a face do globo.
(*)
Charles Boiste,
Presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
Fonte: Journal Le Progrès Spirite Année 1899
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(1858 - 1890)
SESSÕES
ESPÍRITAS
EMILE BLIN (*)
MINHA CONVERSÃO AO ESPIRITISMO
Há cerca de quinze anos, assisti a uma apresentação de Rigobert no teatro Cluny.
Num determinado momento, vemos dois personagens que “evocam os Espíritos” por meio de uma mesa, enquanto um terceiro, escondido involuntariamente sob esta mesa, responde às suas perguntas levantando-a com as costas.
Isso fez com que o salão risse alto, especialmente quando o fraudador foi descoberto, e já que naquela época eu estava ignorante dos fenômenos e doutrinas espiritualistas, eu compartilhava da hilaridade geral.
Este incidente teria sido rapidamente apagado da minha memória se, no dia seguinte, eu não tivesse encontrado um pequeno folheto de segunda mão intitulado: Le Spiritisme. É verdade? Isso está errado? por H. de Turck, cônsul belga.
O autor concluiu que os fenômenos eram verdadeiros, e os argumentos que desenvolveu em apoio a sua tese me pareceram suficientemente sérios para despertar em mim o desejo de assistir a uma sessão experimental de espiritismo.
Um dos meus colegas de escritório, M.D.., que era espírita e a quem expressei esse desejo, deu-me uma carta de apresentação ao Sr. Emile Blin, então secretário da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e mais tarde o seu presidente.
Naquela mesma noite, fui ao local das sessões, rue Saint-Denis 183 em Paris.
O Sr. Emile Blin recebeu-me cordialmente e instou-me a perceber por mim mesmo a realidade dos Espíritos.
Havia cerca de cem pessoas na sala naquela noite. Após um breve discurso do presidente, os experimentos foram realizados.
Sua vez, o Sr. Emile Blin me disse. Evoque mentalmente um parente ou um amigo, mas deve ser uma pessoa falecida há algum tempo.
Imediatamente coloquei minhas mãos sobre a mesa, em frente às da Sra. Blin, e pensei em meu pai, que havia morrido alguns anos antes.
Depois de dois ou três minutos, a mesa levantou.
- É o Espírito evocado presente?
- Perguntou o Sr. Emile Blin.
- Sim, bateu na mesa.
- Bem, disse o Sr. Emile Blin, dirigindo-se a mim, certifique-se de sua identidade, perguntando-lhe seu nome e o sobrenome, suas datas de nascimento, de sua morte, qualquer palavra, qualquer informação que lhe permita saber e estabeleça a sua convicção.
Para minha surpresa, a mesa me deu, sem erro, o nome do meu pai, seu primeiro nome, a data de seu nascimento, a data e o local de sua morte.
(*) Emile
Blin
Presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
Fonte: Journal Le Progrès Spirite Année 1899
Dados Históricos:
Sociedade Parisiense de
Estudos Espíritas (SPEE)
(PÓS-ALLAN KARDEC)
(1858 - 1890)
AVISO
Simon Alexandre BourgèS (*)
A Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, cuja atual sede está localizada na rue Saint-Denis, 183, acaba de modificar seus regulamentos e postou o preço de sua inscrição anual em apenas 5 francos.
Aqueles que desejarem fazer parte dele deverão enviar um pedido por escrito ao presidente, Capitão A. Bourgès, rue Rambuteau, 64, que o encaminhará à comissão. Sabemos que esta Sociedade, fundada por Allan Kardec, é a mais antiga de Paris e que sempre funcionou regularmente sob a direção dos vários presidentes que se sucederam desde a morte do mestre. Esperamos que ela continue seu glorioso mandato, acrescentando novos membros que a apoiarão com seus conselhos e esclarecimento.
Sr.
Birmann
Secretário da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
(*) A. Bourgès
Presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
Fonte: Le Spiritisme, septembre 1883
Dados Históricos:
Sociedade Parisiense de
Estudos Espíritas (SPEE)
(PÓS-ALLAN KARDEC)
(1858 - 1890)
J. CAMILLE CHAIGNEAU
(O Último Presidente da SPEE)
(1888 - 1889)
HORIZONTES PROGRESSIVOS DO ESPIRITISMO
"Há muitas maneiras de considerar a questão espírita, e é impossível abraçar em algumas linhas todos os assuntos que comporta. O melhor é, portanto, para cada um, nesta pesquisa contributiva, limitar-se as considerações que têm mais probabilidade de não fazer duplo emprego.
Sobre a realidade e o valor dos fatos espíritas, deixo a palavra aos investigadores autorizados. Tendo esses fatos por adquiridos, tentarei somente uma olhada, tão breve quanto possível, no campo muito nítido que nos descobrem e, progressivamente, nos horizontes que permitem entrever. Daí, um sumário muito suprimido, mas indo do positivo mais estreito ao ideal mais livre; eu o reduzirei em alguns termos essenciais: Espiritismo e Positivismo, A Humanidade Integral, As Harmonias Progressivas, Ensaio de uma Concepção da Harmonia Universal ou da Divindade Comum (Sinteísmo).
ESPIRITISMO E POSITIVISMO
“E o positivismo do século que faz adotar o Espiritismo”, disse Allan Kardec cm uma de suas últimas publicações (O que é o Espiritismo?). Nada de mais justo; e ainda precisando mais, tomando a palavra ‘positivismo’ num sentido mais determinado, é permitido acrescentar que a escola positivista preparou as vias para a elaboração do Espiritismo, tanto ele é verdadeiro que os grandes movimentos inovadores se coordenam entre si para uma natural filiação.
De fato, a filosofia positiva estabeleceu dois princípios fundamentais: a 'lei dos três estados' e a classificação das ciências.
Segundo o primeiro desses princípios, as noções humanas evoluem passando sucessivamente per três estados: teológico, metafísico, positivo. Ora, com as religiões, a noção de sobrevivência conheceu o estado teológico; com as filosofias espiritualistas, atravessou o estado metafísico; com o Espiritismo cientificamente compreendido, aborda enfim o estado positivo, único capaz de lhe dar uma forma precisa e uma base inabalável, único capaz por conseqüência de oferecer uma certeza comum a Espíritos emancipados. — Pode-se desconhecer uma tão evidente manifestação da 'lei dos três estados'?
Quanto à classificação progressiva das ciências, ela apresenta também uma conexidade notável com a chegada do Espiritismo, e me felicito em poder invocar também a esse respeito a opinião muito clara do grande iniciador que todos os estudantes do Espiritismo veneram igualmente, por maior que possa ser a independência da maneira deles em ver sobre certos pontos de método ou de conceito: O Espiritismo, vindo antes das descobertas científica, diz Allan Kardec, foi uma obra abortada, como tudo o que vem antes de seu tempo. Todas as ciências se coordenam e se sucedem numa ordem racional, nascem umas das outras, à medida que encontram um ponto de apoio nas idéias e nos conhecimentos anteriores...
Allan Kardec nos mostra em seguida a astronomia, a física, a química, as diversas ciências naturais, engendrando-se umas às outras e abrindo a via ao Espiritismo que, diz ele, não podia vir senão após suas sucessivas elaborações (v. A Gênese, capítulo 1°). Designemos os diferentes ramos da história natural pelo termo comum 'biologia'; antes da astronomia, mencionemos as matemáticas; depois da biologia acrescentemos a sociologia; e teremos o encadeamento seguinte: matemáticas, astronomia, física, química, biologia, sociologia — que é exatamente a ordem adotada pela escola positivista para a classificação progressiva das ciências capitais.
Vê-se portanto quanto, sob essa exposição, também o Espiritismo delimita com o positivismo; e sob essa mesma exposição pode-se dizer que ele o completa. Estendendo a biologia a uma fase da vida desconhecida até aí, pelo menos do ponto de vista científico, trazendo elementos novos para constituir uma sociologia nova que considera a Humanidade até em suas sobrevivências — o Espiritismo acrescenta à biologia e à sociologia da classificação positivista uma sétima ciência capital que descobre condições de vida até então inexploradas e envolve relações mais vastas c mais duráveis.
Essa ciência compreende tudo o que os fenômenos espíritas podem nos permitir adquirir pelo método de observação e de experimentação. E, se a sexta ciência corresponde à noção social da Humanidade encarnada, a sétima ciência, mais ampla e mais global, tem por objeto a totalidade dos humanos, encarnados e desencarnados, em uma palavra a Humanidade integral.
A HUMANIDADE INTEGRAL
O termo 'Humanidade integral' nos servirá de transição para passar a outras exposições.
Há, de fato, duas maneiras de considerar a Humanidade integral: 1° tal como se pode observá-la em seu realismo atual (mistura de naturezas retardadas e de nobres inteligências), tal também como ela aparece em promessas próximas à maioria dos apóstolos da fraternidade (encarnados ou desencarnados); - 2° tal como alguns a entrevêem num futuro de harmonia divina (síntese perfeita de liberdade e de amor), segundo índices até aqui pouco difundidos e dos quais esperam a generalização.
Essas duas maneiras são de algum modo dois graus segundo os quais pode-se considerar a constituição e o destino da Humanidade integral.
Sem ultrapassar o horizonte do Espiritismo positivo, a noção da Humanidade integral é já fecunda em promessas renovadoras. A solidariedade universal dos humanos, permanecida no estado de abstração no domínio da sexta ciência, torna-se uma realidade viva pelo conhecimento da Humanidade integral; ninguém poderia ser para quem quer que seja um estranho, já que somos as partes imortais de una sociedade imperecível.
Disso resulta a noção de justiça inelutável pela solidariedade de fato, e melhor ainda a necessidade de altruísmo geral para transformar a solidariedade de fato em solidariedade fraternal. — Essa perspectiva se torna clara sobretudo com a reencarnação (noção racional que concorda com a doutrina biológica e sociológica da evolução, e, aliás, pela multiplicidade dos testemunhos e graças ao resto de diversas observações, tende a tomar-se cada vez mais uma noção positiva). A reencarnação aparece como a grande escola da solidariedade. — Por outro lado, é necessário lembrar que a comunicação estabelecida e a Humanidade desencarnada e a Humanidade encarnada tende a nos trazer as luzes das mais altas inteligências e as sugestões mais generosas capazes de avivar em nós os ardores do progresso.
J. Malgras – Os Pioneiros do Espiritismo
A cronologia da (SPEE):
Sociedade Parisiense de
Estudos Espíritas (SPEE)
(PÓS-ALLAN KARDEC)
(1858 - 1890)
1858 - Em janeiro a Revue Spirite é criada por Allan Kardec, na sua residência, situada na Rua dos Mártires, 8.
Em 01/04, Allan Kardec fundava em Paris a "Société Parisienne des Études Spirites" (Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas), que funcionou inicialmente na galeria de Valois no Palais Royal (Galeria de Valois, 35 e depois Galeria Montpensier, 12... num salão do restaurante Douix)
1860 - Em abril a "Revue Spirite" e a "Société Parisienne des Études Spirites" são transferidas para a Passage Sainte-Anne, na Rue Ste.-Anne, 59.
1869 - (31 de março) - Desencarna subitamente Allan Kardec, enquanto atende a um caixeiro de livraria, no seu apartamento da Rue Ste.-Anne, muito provavelmente vitimado pela ruptura de um aneurisma de aorta (há controvérsias... poderia ser uma insuficiência cardíaca congestiva, conforme aponta L. Palhano Jr, e com quem concordamos).
No dia seguinte, deveria desocupar esse imóvel, indo para a casa da Villa Ségur; e os escritórios da Revue Spirite, a "Société Parisienne des Études Spirites" e a Librairie Spirite para a Rue de Lille 7.
O corpo foi sepultado ao meio-dia de 2 de abril, no cemitério de Montmartre. Estima-se que mais de mil pessoas acompanharam o cortejo, que seguiu pelas ruas de Grammont, Laffitte, Notre-Dame-de-Lorette, Fontaine e pelo Boulevard de Clichy. À beira da sepultura, Camille Flammarion, astrônomo e médium da SPES, pronunciou o seu importante discurso, que a FEB fez figurar na sua edição de Obras Póstumas. Na primeira reunião da SPES após esse fato, os membros presentes lançaram a ideia de se levantar um monumento ao mestre, que logo recebeu adesão de espíritas de muitas cidades. Foi assim que se fez construir o famoso dólmen do cemitério Père-Lachaise, para onde os restos mortais de Kardec foram transladados a 29 de março de 1870.
1869 - (abril) Transferência do escritório da "Revue Spirite" e da “Société Parisienne des Études Spirites" para a Rue de Lille 7. Essa rua é uma das laterais do famoso Museu D'Orsay. Kardec desencarnou enquanto fazia as arrumações para a mudança, no dia 31 de março do mesmo ano.
1869 - (abril) Assume Sr. Emile Malet a direção da Presidência da Société Parisienne des Études Spirites".
1869 - (julho) - A Librairie Spirite é inaugurada tendo a frente a Sra. Rivail e o médium Desliens. A Sociedade Anônima do Fundo [ou Caixa] Geral e Central do Espiritismo (SA) foi fundada também em julho de 1869, sob o comando de Desliens e Tailleur.
1869 - (28 de julho) Se demite Sr. Emile Malet da presidência da Société Parisienne des Études Spirites".
1870 - (janeiro) Criado o novo estatuto da Société Parisienne des Études Spirites, tendo Camille Flammarion, presidente honorário — Eugène Bonnemère como presidente — Emile Malet como vice-presidente Emile Malet — No comitê central L. Morin (Louis Joseph Félix Morin) secretário principal — Secretario Adjunto A. Ravan — Tesoureiro. J. Henry — Comitê Central: Miss A. Blackwel, E. Barrault, Canaguier, A. Bertrand, Collard e outros.
1870 - (31 de março) - Inaugura-se o monumento druida do Père-Lachaise. Esse famoso cemitério é considerado museu, tendo sido ali sepultados inúmeros dos grandes vultos franceses e mesmo de outros países.
Quando de sua inauguração, o dólmen não registrava a célebre frase "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir continuamente, tal é a lei", que foi esculpida ainda em 1870. Ao contrário do que muitas vezes se afirma, essa frase não se deve textualmente ao próprio Kardec, não obstante represente corretamente o pensamento espírita.
1871 - (junho) Pierre-Gaëtan Leymarie assume a gerência da Revue Spirite juntamente com o comando da SA (Sociedade do Fundo Geral e Central do Espiritismo), depois da renúncia do médium Desliens. Fonte: Revista Espírita, 14º ano, nº 9, setembro de 1871 (https://www.retronews.fr/journal/la-revue-spirite/1-septembre-1871/1829/3285595/30).
1873 - (junho) Com a renúncia do Sr. Bittard, Leymarie assume também a Librairie Spirite. Fonte: Revista Espírita, 16º ano, nº 6, junho de 1873 (https://www.retronews.fr/journal/la-revue-spirite/1-juin-1873/1829/3285513/1).
Em meados de outubro a sociedade muda o nome para Sociedade para a Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec, anônima e de capital variável. Fonte: Revista Espírita, 17º ano, nº 1, janeiro de 1874 (https://www.retronews.fr/journal/la-revue-spirite/1-janvier-1874/1829/3285495/8).
1875 - 16/06 É instaurado o Processo dos Espíritas, procedimento judicial em Paris em que o então diretor da "Revue Spirite", Pierre-Gaëtan Leymarie, foi julgado e condenado sob a acusação de publicar fotografias fraudulentas de espíritos desencarnados.
1877 - A Société Parisienne des Études Spirites se muda para a Rue Saint-Denis 183, tendo na presidência o Sr. Charles Boiste, que pertenceu ao grupo original de Allan Kardec.
1878 - A Revue Spirite e a Librairie Spirite se muda para 09 rue des Petits-Champs. Leymarie organiza a "Société Scientifique pour les études psychologiques" para o estudo e experimentações em torno da mediunidade e do magnetismo animal, e análise das obras de Cahagnet, de Roustaing, da doutrina de Swedenborg fugindo a orientação do Mestre de Lyon.
1881 - Em 03/03 Falecimento de Sr. Charles Boiste, presidente da Société Parisienne des Études Spirites, estando a frente durante 08 anos desta referida instituição.
1882 - Em 24/12 se propõem a formação de uma assembleia geral para organizar a “Union Spirite Française” e a criação de um jornal.
1883 - Em 15/01 é criado o estatuto da “Union Spirite Française” e o Jornal "Le Spiritisme".
1883 - Em 21/01 Amèlie Gabrielle Boudet, a mulher de Kardec, falece aos 87 anos, e saindo o féretro de sua residência, na Avenida de Ségur n. 39 (o endereço da Vila Ségur era a Avenida de Ségur, 39), para o Père-Lachaise, a 12 quilômetros de distância.
1883 - A Sociedade para a Continuação das Obras Espíritas de Allan Kardec, anônima e de capital variável. Ocorre a mudança para o nome da Sociedade Científica do Espiritismo.
1884 - O Sr. Simon Alexandre Bourgès presidente da Société Parisienne des Études Spirites publica a obra "Philosophie Contemporaine Psychologie Transformiste Évolution de I'Intellingence". Prefaciado por Sophie Rosen (Dufaure)
1884 - Em julho a Société Parisienne des Études Spirites se muda para galeria de Valois 167 no Palais Royal compartilhando o mesmo endereço da "Union Spirite Française”. Tendo à frente da presidência da sociedade Sr. Simon Alexandre Bourgès que era um dos antigos espíritas do tempo de Allan Kardec.
1885 - Em outubro a Société Parisienne des Études Spirites se muda novamente para a Rue Saint-Denis 183.
1885 - Em novembro e lançado o "La Pensée Libre" Bulletim de La Société Parisienne des Études Spirites, no período pós-Kardec. Redação e Administração do jornal espírita. Sr. Émilie de Rienze e o Sr. Emile Blin.
1886 - Em outubro falece Sr. Simon Alexandre Bourgès, um dos lendários militantes espíritas francês. Esteve a frente da Revue Spirite durante a prisão de Leymarie no processo dos espíritas. Foi um dos fundadores da "Union Spirite Française”, e presidente honorário da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
1887 - Em agosto a Société Parisienne des Études Spirites empossou como: Presidente Sr. Emile Blin; vice-presidente Sr. Ponsot; secretário Sr. di Rienzi; tesoureiro Sr. Lebourgeois; bibliotecário Sr. Fourès. No mês de outubro a reabertura das sessões, rue St-Denis, nº 133, aos sábados, às 8 horas da noite.
1888 - Assume Sr. Camille Chaigneau um dos últimos presidentes da Société Parisienne des Études Spirites que foi fundada por Allan kardec.
1890 - Em abril Sr. Emile Blin falece. Foi presidente da Société Parisienne des Études Spirites e contemporâneo de Allan Kardec na SPEE.
1890 - A sociedade administradora adquiriu um imóvel para a livraria na área da Universidade, 1 rue de Chabenais, na "Société Scientifique pour les études psychologiques" em outubro de 1890.
1890 - Em 15/10 a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (Société Parisienne des Études Spirites) desaparece e reaparece com uma nova denominação, Sociedade do Espiritismo Científico (Société du Spiritisme Scientifique), tendo Adolphe Laurent de Faget na presidência desta instituição; e que estavam localizados na Rue Saint-Denis 183, o mesmo endereço da antiga sede (SPEE).
1891 - Em 31/10 Dissolução da "Union Spirite Française".
1892 - Em 28/01 Sr. Jean Alexandre Chaigneau, morre aos 85 anos de idade. Foi um dos maiores expoentes do espiritismo na França. Trabalhador das primeiras horas.
1893 - A Sociedade Científica do Espiritismo se muda de nome para Sociedade da Livraria Espírita, fundada por Allan Kardec”
1893 - Em setembro de 1893, Gabriel Delanne vendeu o “Le Spiritisme” para Arthur d’Anglemont, que era «Omniteista».
1893 - 20/11/ Fundação da Fédération Spirite Universelle.
1894 - Laurent de Faget se afasta do “Le Spiritisme” devido a questões doutrinárias com Arthur d’Anglemont.
1895 - Laurent de Faget funda um novo periódico espírita, o Progrès Spirite. A Société du Spiritisme Scientifique se transfere para a nova sede na rue des Archives, 86. Paris.
1895 - Em 14/5/1895 Laurent de Faget renunciou aos comitês da Fédération Spirite Universelle e do Comitê de Propaganda.
1895 - Em 20/10/1895 Laurent de Faget é reeleito presidente da Fédération Spirite Universelle.
1896 - Dissolução da Sociedade Anônima do Fundo [ou Caixa] Geral e Central do Espiritismo (SA) que foi fundada por Amélie-Gabrielle Boudet. Os estoques dos livros são resguardadas no domicílio privado de Leymarie 12 rue de Sommerard.
1896 - Gabriel Delanne funda Société Française d´Études des Phénomènes Psychiques na rue des Gâtines em Paris.
1897 - Leymarie funda a "Librairie Leymarie Édite", e transfere os livros da antiga Livraria Espírita e se estabelece no 42, rue Saint-Jacques, Paris, e que dirigiu até 1901, e, com o seu desencarne, por sua esposa Madame Marina Duclos Leymarie, e, posteriormente, por seu filho, Paul Leymarie.
1901 - Desencarna em 10/04 P. G. Leymarie. A Srª. Marina Leymarie assume a direção da Revista Espírita até 1904.
1904 - Em 29/09 Falece Marina Duclos Leymarie. Paul Leymarie assume a Revue Spirite até 1916.
1912 - Em dezembro falece Laurent de Faget que foi dirigente do Le Progrès Spirite durante 17 anos.
1914/1918 - 1ª Guerra Mundial. A Revue Spirite tem sua publicação suspensa até 1916.
1917 - A Revue Spirite volta a ser publicada, tendo como proprietário Jean Meyer, sendo seu diretor até 1931. Até o ano de 1924 Paul Leymarie foi seu editor.
1919 - Jean Meyer refunda a “Union Spirite Française" em Associação, tendo como presidente Gabriel Delanne e como presidente de honra Léon Denis. Fundado o Institut Metapsychique International por Jean Meyer.
1923 - Jean Meyer compra o prédio nº 8 da Rua Copernic, em Paris, onde estabelece a sede da "Union Spirite Française". Este prédio ficou conhecido como a Maison des Spirites. (Casa dos Espíritas)
1925 - A Maison des Spirites sediou o Congresso Espírita Internacional com a participação de Léon Denis e Conan Doyle, tendo como vice-presidente Jean Meyer.
1926 - Em 15/02, falece Gabriel Delanne, primeiro presidente da "Union Spirite Française".
1927 - Em 12/03, falece Léon Denis presidente de honra da "Union Spirite Française".
1931 - Desencarna Jean Meyer em 13/04 na sua vila Valrose, em Béziers, França. Seu amigo Hubert Forestier assume a direção da Revista Espírita até 1971.
1939 /1945 - Segunda Guerra Mundial. "Union Spirite Française" interrompe suas atividades.
1955 - Em 28/12/1955, falece Paul Leymarie na comuna de Le Perreux-Sur-Marne, a "pérola do leste parisiense", no departamento de Val de Marne, aos 88 anos.
1968 - A Revue Spirite passa a ser propriedade de Hubert Forestier, que a registrou no Instituto Nacional de Proteção Industrial.
1971 - Desencarnação de Hubert Forestier. Seus herdeiros transferem os direitos da Revue Spirite para André Dumas.
1976 - André Dumas, anuncia o abandono do título da Revue Spirite e a incorpora numa publicação não espírita denominada “Renaître 2000”, e também que a "Union Spirite Française" deixa de existir em abril para dar lugar a "Union Scientifique Francophone pour l’Investigation Psychique et l’Etude de la Survivance de l’Ame".
1977 - Em 20/01, o Presidente da Federação Espírita Brasileira, Francisco Thiesen, escreveu ao Sr. André Dumas, para oficializar a proposta a quem de direito, no sentido de assumir a responsabilidade integral e definitiva pelo título e pela manutenção de “La Revue Spirite”; proposta esta que foi recusada.
1979 - No ano de 1979 ocorre o desaparecimento da Maison des Spirites pela dissolução do setor imobiliário da sociedade civil de estudos metapsíquicos. Compartilhamento entre oito co-proprietários (Notário: Maître Bourcier em Paris).
1985 - Criação da “Union Spirite Française et Francophone”, por Roger Perez. André Dumas escreve a Roger Perez, que qualquer tentativa para adquirir os direitos sobre a Revue Spirite representa concorrência desleal.
1989 - A “Union Spirite Française et Francophone”, obtém em sentença judicial a recuperação do direito de utilização do título “Revue Spirite”, perante o Tribunal de Meaux, por não ter André Dumas renovado os direitos de propriedade do título da Revista em tempo hábil. No 4º trimestre, sob o nº 1, ano 132, ressurge a “Revue Spirite”, após 12 anos de interrupção.
1992 - Fundação do Conselho Espírita Internacional (CEI), constituído em 28 de novembro de 1992 em Madri, na Espanha, que abrange 36 países.
1997 - Desencarnação de André Dumas e o encerramento da "Union Scientifique Francophone pour l’Investigation Psychique et l’Etude de la Survivance de l’Ame", que foi herdeira na antiga "Union Spirite Française".
2007 - Divergência de opiniões entre os responsáveis; a Union Spirite Française et Francophone foi dissolvida em 30 de outubro de 2007.
2007 - O Conselho Espírita Francês foi criado como uma associação sob a lei de 1901 em 9 de junho de 2007 em Denicé, perto de Lyon. É administrado colegialmente por um conselho de administração de 6 pessoas.
2018 - Outubro de 2018: transformação do Conselho Espírita Francês. Durante sua assembléia geral em dezembro de 2017 foi decidido adotar o antigo nome de Union Spirite Française et Francophone, dissolvido há pouco mais de 10 anos. Essa recriação é um forte sinal de apego às raízes e às antigas tradições ligadas ao movimento espírita francês.
2019 - Sábado, 10 de agosto, morte de Roger Perez. Ele foi o incansável presidente da Union Spirite Française et Francophone de 1985 a 2007.
CSI do Espiritismo - Imagens e registros históricos do Espiritismo
CSI do Espiritismo – Linha do tempo da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE)
CSI do Espiritismo – Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE)
Fundada por Allan Kardec (1858 - 1890)
União Espírita Francesa (USF) e a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE)
Rue Saint Denis por volta de 1866
A União Espírita Francesa (USF), fundada em 24/12/1882, compartilhou o mesmo endereço da SPEE nos seguintes anos: 1883 (09/1884) a (09/1885) 1886 na Galeria de Valois, 167.
Em dezembro de 1887 a (USF) volta à Galeria de Valois, 167, depois de ter passado pela Rue Saint-Denis, 183 nos anos de 1887 a 1888.
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE)
Rua Saint-Denis, 183, Paris – França
Le Spiritisme - maio de 1884
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE)
Rua Galerie de Valois, 167, Paris – França
Le Spiritisme - setembro de 1884
A União Espírita Francesa e a Sociedade Parisiense de Estudos
Espíritas (SPEE)
Rua Galerie de Valois, 167, Paris – França
Le Spiritisme - janeiro de 1885
Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE)
Rua Saint-Denis, 183, Paris – França
Le Spiritisme - 02/1886
J. Camille Chaigneau
(???? - 1918)
(O Último Presidente da SPEE)
"Portanto, não tenhamos medo: o Espiritismo está em movimento;
ele está mais vivo do que nunca"
Sociedade
Parisiense de Estudos Espíritas - Direção Allan Kardec (1858 1869)
Fontes:
Luz
Espírita - Espiritismo em Movimento
Fontes:
CSI do Espiritismo (Imagens e registros
históricos do Espiritismo)
Fontes:
Curso Espírita
Fontes:
AllanKardec.online (Historiografia do Espiritismo)
As lutas ocorridas nos meios espíritas pós-Allan Kardec
Sociedade Parisiense de Estudos Espírita (SPEE) x Sociedade Anônima (S/A)
Como alguns dos nossos correspondentes nos pediram que os esclarecêssemos a respeito, apressamo-nos em satisfazer ao seu legítimo desejo e comunicar-lhes as reflexões seguintes, visando a definir a situação satisfatoriamente.
Como todas as sociedades espíritas, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que não existe senão em virtude de uma simples autorização, ocupa-se pura e simplesmente, conforme o seu regulamento, de estudos psicológicos e morais. Persegue, por meios idênticos, o mesmo objetivo que as Sociedades Espíritas de Lyon, Marselha, Toulouse, Bordeaux, etc. Numa palavra, ela se consagra unicamente ao estudo dos ensinamentos que são o objeto de seus trabalhos; adquire novos conhecimentos pelas comunicações que recebe dos Espíritos através dos médiuns, pelo exame sério que fazem seus membros cooperadores das questões da ordem do dia, e vulgariza a Doutrina pela admissão de ouvintes às suas reuniões.
As boas relações que existiam entre a Revista Espírita e a Sociedade Parisiense, anteriormente à criação da Sociedade Anônima, não deixaram de existir depois que a última foi fundada.
A Sociedade Anônima, como o fazia o redator da Revista, julga um dever entregar à Sociedade de Paris os documentos que possam interessar aos seus trabalhos, recebendo, com a mais viva satisfação, as comunicações, estudos morais, documentos da Sociedade de Paris que lhe pareçam dever interessar ao Espiritismo em geral, e que ela insere em tempo hábil em sua Revista, a fim de os levar ao conhecimento de todos.
Há, entre nós, alguns dissidentes, alguns descontentes? Ignoramo-lo e não queremos saber, porque somos de opinião que o interesse particular deve apagar-se diante do interesse geral e que, ante o objetivo a que se propõe o Espiritismo, as animosidades individuais devem ceder lugar às questões de princípios. Os homens são falíveis e podem enganar-se, mas quando concorrem para o grande movimento regenerador, pensamos que os espíritas não haverão de preocupar-se senão do bem comum, da caridade, da fraternidade e da tolerância, que devem presidir a todos os trabalhos de uma filosofia que tem por divisa: “Fora da caridade não há salvação.”
As Grandes Provações da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE)
Fundada por Allan Kardec
A França parecia destinada a suportar duras provas após o desaparecimento do professor Rivail, a guerra franco prussiana (1870), desastrosa para a França põe fim ao Segundo Império, seguida pelas rebeliões sangrentas da comuna; um ano depois Sr. Charles Boiste, (1872) é chamado a assumir a presidência da Sociedade de Parisiense de Estudos Espíritas.
O antigo grupo espírita formado por Allan Kardec (SPEE) e os seus membros participantes se afastam dos traidores do espiritismo (S/A) após a morte do mestre de Lyon. E buscam traçar caminhos próprios na busca do ideário espírita traçado por Kardec. A grande escola surgida pós-Kardec é um grande exemplo vivo da tenacidade dos grandes pioneiros da causa espírita que jamais abandonaram os ensinos ditados pelos imortais.
Florentino Barrera - A Sociedade de Paris
RELAÇÃO DE OBRAS PARA DOWNLOAD
Florentino Barrera - A Sociedade de Paris
(Obra rara traduzida)
Florentino Barrera - La Sociedad de París (Esp.)
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OS ESTATUTOS DE 1870
E OS PERIÓDICOS (1885 - 1888)
SOCIEDADE PARISIENSE DE ESTUDOS ESPÍRITAS PÓS-KARDEC
FUNDADAS POR ALLAN KARDEC
Règlement de la Société parisienne des études spirites
Paris (1870) (Fr.)
La Pensée libre -
Bulletim de La Société Parisienne des Études Spirites (1885 - 1886) (Fr.)
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